terça-feira, 22 de setembro de 2015

vamos lá

Se há coisa em mim que por vezes não gosto é não reagir, não explodir, não culpar ninguém... Se há alguém culpado em algo, sou sempre eu e simplesmente por um motivo, mereço.

Não sei se será bem assim, mas as culpas recaem sempre sobre mim... Neste preciso momento não deveria querer ver-te à frente e não sinto isso. Não deveria querer falar contigo, mas não é isso que quero, embora esteja a esforçar-me para manter a minha posição e ver a tua reação.

Vamos ver a tua atitude não foi bonita, não de todo... Se há um ano atrás esperava isso de ti, não. Mas agora sinceramente não me surpreende, ao longo do tempo fui conhecendo esse teu lado. No inicio confesso que achava que por existir uma amizade entre nós, as coisas poderiam ser diferentes, mas percebi que não. Mas entrei neste jogo e a verdade é/foi um jogo que deixa/deixou o teu lado fácil e seguro de forma a não sentires e nem seres culpado de nada. Não partilhamos promessas, não existiram troca de sentimentos, existiram silêncios e sorrisos... e esses podem selar muita coisa, mas não selam honra e compromisso.

Se estou magoada... Sim, talvez... mais desiludida, no entanto não te posso apontar um dedo, nem um, em relação a mim. Por outro lado colocaste pessoas de quem gosto muito, numa posição desagradável e não gostei. Sei que isso não te interessa, mas não foi simpático. 

Queria escrever que não te queria ver à frente, mas não consigo escrever, só tenho pena que eu nas últimas semanas tenha iludido a mim própria e tenha permitido que os sentimentos crescessem. Não queria gostar de ti, no entanto gosto. Gostava de ser daquelas pessoas que jogam as "coisas"/sentimentos para trás das costas, num abrir e fechar de olhos, daquelas pessoas que seguem a vida por outro estrada e vêm só os espinhos para facilmente "jogarem a bola para a frente". Ou gostava de ter o teu estofo para isto tudo, na verdade não gostava, gosto de sentimentos puros e verdadeiros. 

E é isto que se trata de sentimentos que se devem respeitar. 

Escrevo e leio vezes sem conta o que escrevi, para tentar ver tudo mais claro. E sentir mais magoada, para ganhar lucidez. Preciso disso, preciso de outra página.


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