Sê incoerente. Porque a vida é incoerente. Porque se um dia acreditaste que o amor era para sempre e que a fidelidade era tudo o que fazia sentido noutro dia podes acreditar que o amor é aquilo que cada noite trouxer e que a fidelidade é aquilo que cada um quiser. E não fiques com remorsos por teres mudado. Não fiques a pensar que és má pessoa porque acabaste de fazer aquilo que prometeste a ti mesmo que nunca irias fazer. E sobretudo isto: nunca prometas a ti mesmo nada que não possas cumprir. E na verdade só há duas coisas que não podes prometer a ti mesmo jamais fazer: tudo e mais alguma coisa. Sê o mais incoerente que puderes ser se só isso for coerente com aquilo que és. Faz sentido, não faz?
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"O Livro dos Loucos", de Pedro Chagas Freitas
"O Livro dos Loucos", de Pedro Chagas Freitas
P.S. já devem ter reparado que estou viciada em Pedro Chagas Freita, mas ele escreve tão bem)
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