quinta-feira, 19 de março de 2015

Pai

Pai, sou a tua versão feminina, por isso umas das coisas que nos diferencia é que tu pensas e não dizes e eu quando dou por mim já te disse tudo o que pensei e não pensei.

És meu, gosto de ti e muito. Sempre me vi muito em ti, a verdade é essa. Sem tu quereres sempre fui a menina do papá, ou sem tu quereres demonstrar.

És o silêncio em pessoa, tu gostas e não dizes, tu pensas e guardas para ti, tu sofres e não partilhas, tu tens dores mas não demonstras, tu precisas de ajuda, mas tentas fazer tudo sozinho. És tu. Sempre gostei de ti por não me diferenciares do meu irmão, não era por ele ser menino que ele tinha mais direitos do que eu, sempre gostei que me incluises nas tuas obras, nas tuas tarefas de homens, porque não era diferente por ser menina.

Gostamos de praia como ninguém, não trocamos o nosso Benfica por outro clube, também somos do clube da nossa cidade, horas a ver a volta a Portugal em bicicleta, jogos sem fronteiras, lágrimas derramadas por derrotas do nosso Benfica, brincadeiras na piscina, oh pah tantos momentos juntos que não consigo descrever aqui...

Sou a tua versão feminina e isso ninguém te tira, e sei que sempre olharás para mim como a tua menina, aquela que será sempre pequenina.

Feliz dia do Pai, hoje e todos os dias

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